Banda Municipal muda de nome e passa a se chamar “Banda Sinfônica Municipal de Botucatu”

Banda Municipal de Botucatu mudou de nome e agora passa a se chamar “Banda Sinfônica Municipal de Botucatu”, a decisão pela mudança ocorreu na apresentação da Corporação Musical “Damião Pinheiro Machado”, na Sala São Paulo, no último dia 04 de setembro, e marca um novo capítulo na história da Banda Municipal de Botucatu, que já foi apelidada inclusive de "A Furiosa", no passado. A mudança teve inicio em 2019, quando foi acrescentado à banda os instrumentos de percussão sinfônica, como os tímpanos, bumbo sinfônico e teclados xilofone e glockenspiel, possibilitando o aumento do leque de repertório e consequentemente o aumento do número de músicos. “Nossa Banda não perde suas raízes com essa atualização. Vamos continuar tocando nos desfiles, praças e todos lugares que formos solicitados, afinal antes de tudo, a Banda é do povo. Estamos muito felizes com esse novo passo na história da música e da cultura botucatuense”,  afirmou o Maestro Franklin Timóteo Ramos. Atualmente, a Band...

Nem que Chova Tem Pó, os 95 anos de história do Café Tesouro, um dos patrimônios da Cidade de Botucatu

Nem que chova tem pó, os 95 anos de história do Café Tesouro, um dos patrimônios da Cidade de Botucatu


A história do Café Tesouro é quase centenária, para ser preciso ela começou em 1926 e não teve pausas até hoje provando a todos que um dos slogans da Companhia "Nem que Chova Tem Pó", está repleto de razão.

Tudo começou quando o Sr. João Spenciere, um jovem escriturário idealista e empreendedor decidiu montar uma empresa de torrefação de café em Botucatu.

A ideia de Spenciere enfrentou uma série de dificuldades, principalmente porque naquela época a região de Botucatu, não contava com empresas para essa finalidade, isso fez do jovem empresário um desbravador, no beneficiamento e industrialização do café.

A ideia de entregar o pó pronto para o consumo, era de alto risco, principalmente se considerarmos que na época todos os lares possuíam um torrador, e um moinho manual para a preparação dos grãos de café para o consumo próprio. 

Spenciere entrou no que foi considerado por muitos numa aventura, um verdadeiro pulo no escuro, pois a indústria que nascia em Botucatu já encontrava o fantasma do costume tradicional de consumir apenas o café preparado em casa.

Porém se tinha algo que não faltava ao jovem empresário era coragem, e foi esse espírito desbravador que levou Spenciere até São Paulo até a empresa Cia. Lilla de Máquinas, onde investiu em um moinho para café, desembolsando algo em torno de 500$000 (quinhentos mil réis), para pagamento em dez parcelas, de cinqüenta mil réis cada. 

Embalagens do Café Tesouro eram feitas em São Paulo


Entretanto, esse era apenas o primeiro passo. Em seguida Spenciere precisou pensar nas embalagens, para que a venda do produto fosse feita com qualidade ímpar. Foi na Rua São Caetano, em São Paulo Capital, onde um amigo tinha uma gráfica com uma máquina tipografia, que ele encomendou as primeiras embalagens.

O empresário não teve dúvidas, as embalagens precisavam levar o nome do moinho, assumindo também esse nome como a marca do café, ou seja Tesouro,que na época era escrito com TH - THESOURO. O primeiro endereço da empresa Café Thesouro foi na Rua Amando de Barros, nº 965. 

Porém a Indústria iniciada por Spenciere não teve ele como único dono, ela passou pelas mãos de diversos empresários até que 22 anos mais tarde, em Janeiro de 1948, o Sr. Palleóloge Guimarães adquiriu a marca do Sr Joaquim Reis, fazendo a girar sob a denominação de P.Guimarães, porém sempre com a marca TESOURO.

Foi necessário mudar para prosperar


A partir de abril de 1961, o negócio passou a prosperar de forma considerável, principalmente após as alterações implantadas pelo Sr. Palleóloge Guimarães, que decidiu  modificar a estrutura da empresa.

A primeira medida foi abrir uma sociedade com seus filhos, passando a indústria a ter a denominação de P.Guimarães & Filhos Ltda. Em Março de 1967 faleceu Palleóloge Guimarães, e então a firma passa a girar com a denominação de CAFÉ TESOURO LTDA, sendo seus proprietários e diretores os Srs. Augusto Guimarães, Celso Marques Guimarães e Paulo Guimarães.

A empresa tradicional completou em 2021, 95 anos de tradição que ao longo dessa história nunca deixou de manter os mais modernos sistemas de industrialização de café torrado e moído. Todo o sistema de empacotamento é automatizado, sem nenhum contato manual.

Essa qualidade fez com que a marca ganhasse outras fronteiras e um sistema de expansão constante estendendo a marca Café Tesouro até cidades como: Areiópolis, Anhembi, Avaré, Anhumas, Barra Bonita, Botucatu, Bofete, Conchas, Cesário Lange, Itatinga, Igaraçu do Tiête, Juquiratiba, Laranjal Paulista, Lençóis Paulista, Macatuba, Maristela, Pereiras, Pratânia, Pederneiras, Pirambóia, Porangaba, Pardinho, São Manuel, Torre Pedra, Guareí.

Com o crescimento da indústria, foi necessário adquirir novos equipamentos, e de tecnologia moderna a fim de atender a demanda que aumentava a cada dia, e dar continuidade da boa qualidade do produto.

Crescimento da cidade forçou mudança de endereço


Entre os anos de 1970 e 1975, a indústria estava instalada à Rua Curuzu, 483, no centro da cidade, em um período de pleno desenvolvimento de Botucatu. Por essa razão começaram a surgir uma série de inconvenientes, como a fumaça e o barulho que incomodavam a população. 

Diante dessa situação a diretoria da empresa começou a procurar local para a instalação da indústria, era necessário um local que atendesse uma demanda de crescimento constante. Em contato com a administração pública, os diretores conseguiram junto à  prefeitura uma área na Vila Paulista.

A empresa adquiriu o terreno terreno onde construiu a nova fábrica e por coincidência a rua as novas instalações, à Rua Paleologe Guimarães, nº 931, rua que trazia uma simbologia especial pois tratava-se do nome de uma dos antigos proprietários da empresa.

A inauguração das novas instalações, ocorreu no início de 1975, a fábrica trazia os mais modernos equipamentos de torração e moagem de café da época.

Padrão de qualidade descarta contato manual


Um dos segredos da aceitação do produto junto ao público e até mesmo o crescimento da indústria ao longo de 95 anos é o padrão de qualidade. Esse padrão faz a empresa superar crises econômicas, intempéries econômicas e pragas que causam danos à produção nas lavouras de café crú.

Em 29 de Abril de 1985, um dos sócios da empresa, o Sr. Paulo Guimarães faleceu em um acidente de carro na Rodovia Marechal Rondon, e devido a isso seu único filho Sr. Pedro Paulo Pires de Campos Guimarães, assumiu sua parte na empresa.

Para assumir o legado do pai ele deixou sua profissão de médico veterinário, e passou a se  dedicar unicamente ao negócio café. Para assumir essa missão ele precisou se aperfeiçoar e passou por cursos para degustação e classificação, se especializando assim em compras de café crú, a matéria prima da indústria.

Ele criou e organizou um laboratório para provas de café crú, e continua até hoje realizando compras e mantendo o padrão de qualidade do produto.

Atualmente a empresa que logo se tornará centenária funciona em uma área construída de aproximadamente de 2000m², incluindo escritório de administração e área de lazer para seus funcionários.

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