Cineasta de Botucatu produz filme sobre futuro distópico e busca financiamento coletivo

Foto Jefferson Farias

O cineasta Marcelo de Moraes Teixeira, está trabalhando em um novo curta metragem, trata-se do "O Último Cara da Terra", que aborda as relações humanas em um futuro apocalíptico.

"Um futuro distópico não causado por guerras ou pelo próprio ser humano, mas pelo acaso do cosmo, onde se discute qual seria a forma certa de escolher quem irá continuar a raça humana, o que é preciso para que ela possa evoluir numa direção certa?", explica Teixeira, 

Para desenvolver a produção Teixeira tem trabalhado intensamente na organização elaborando uma detalhada planilha com os custos básicos de produção, que incluem objetos de cena, figurino e também um cachê para todos que participarem, cada um recebendo uma porcentagem sobre o valor arrecadado. "Estimo algo em torno de R$ 7.100 como valor básico para se ter o filme da melhor forma possível", revela.

Foto Jefferson Farias

Porém para conseguir esses valores que são relativamente baixos para uma produção audiovisual ele lançou uma campanha de financiamento coletivo junto ao site Kickante. "Essa é forma de concentrar a arrecadação e infelizmente como é praticamente uma banda de um homem só, dessa vez não consegui divulgar muito e não tivemos nenhuma contribuição, que no caso não impede de realizar o curta, só atrasa o desenvolvimento e todos terão que trabalhar como um portfólio, sem receber nada, só as glórias de realizar um excelente trabalho", ressalta.

Segundo ele, o curta ainda está com a minutagem indefinida, já que trabalha valorizando as as expressões dos atores e momentos onde as imagens acabam tendo mais significado que os diálogos. "Fica difícil conseguir ter uma ideia de tempo real, mas deve ficar em torno de 15 minutos", relata.

A maior parte do elenco já faz parte de casting anteriores do produtor e que fazem parte de um longa-metragem que vem sendo trabalhado paralelamente pelo cineasta. 

"Esse longa foi adiado por causa da pandemia, mas é um elenco bem enxuto para não trazer problemas de aglomeração nas gravações e mesmo a equipe técnica está reduzida para não termos problemas. Algumas alterações foram necessárias no mês passado, já que uma das atrizes teve que sair do projeto devido a compromissos fora da cidade, e ainda tenho que escalar uma última personagem", comenta.

Com relação aos atores é importante lembrar que todos se formaram no Curso Técnico de Teatro do SENAC aqui de Botucatu e tem já um bom preparo para encarar a câmera. São eles a Talita Cicone que interpreta Gia, Jonny Lucas como Orion e Helen Dias como Dra. Elisabete. "Espero poder fazer a estreia do curta por volta de setembro, pois como é uma ficção científica, tem muitas cenas em tela verde e efeitos para serem criados, principalmente em 3D".

Teixeira já um veterano na produção de filmes em Botucatu, começando a carreira com a websérie "Um Sofá para Quatro", que tratava dos desafios de amadurecer. "Foram 2 temporadas, sendo que no último episódio não conseguimos filmar por diversos motivos , mas em 2016 concorremos no Rio Web Fest com ela e logo depois vieram várias outras experiências com curtas, sendo que o Duas Irmãs, que dá origem ao longa", ressalta.

Duas Irmãs foi exibido em alguns festivais de terror pelo país como o Mostra Formiga Independente, Festival Boca do Inferno e no Festival de Curtas do Cineclube de Jacareí.

"Dos curtas fora o Duas Irmãs, um dos que eu mais me orgulho é o Anamnese, que fala sobre relação pai e filhos e foi uma homenagem a minha mãe, mas como toda experiência, tive bastante problemas com áudio e ele teve que ser dublado, e isso acabou se mostrando uma nova experiência nos processos", acrescenta.

Para desenvolver seu trabalho, o cineasta conta com o apoio intenso em várias frentes como empresas da cidade, que permite usar seus estabelecimentos como locação. 

Além disso conta com o apoio efetivo da Secretaria de Cultura que cedeu a Pinacoteca para as filmagens da cena inicial do longa "Duas Irmãs". 

"Infelizmente veio a pandemia e atrasou todos os cronogramas, forçando a deixar o projeto do longa na gaveta, onde ele vai permanecer até ser seguro entrar num set com todos, o que no caso do filme poderia somar muito mais de 15 pessoas trabalhando ao mesmo tempo, e isso vai forçar muitas mudanças até lá, alguns atores já até mudaram de cidade, cresceram (sim tinha crianças no projeto) e sabe-se lá quais novos desafios vamos enfrentar para tornar esse filme uma realidade".

Por isso, no momento fiquem com os curtas que podem ser vistos no site oficial: www.euqfiz.com.br

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Renato Fernandes Jornalista com ampla experiência, antes de ingressar na redação do Segue Rumo e Cidade de Botucatu passou por importantes meios de comunicação da cidade onde reside (Botucatu), como Diário da Serra (20 anos), folha Serrana, Folha Regional, Revista O Lojista, blog O Grito Notícias, Solutudo. Experiente no jornalismo web e formado em Análise em Mídias Digitais e ampla experiência em SEO atuando ainda na redação, edição, revisão de textos, e produção de conteúdo para o Youtube