A história do prédio está intimamente ligada com a elevação de Botucatu como Arquidiocese e vale lembrar que a pedra fundamental do monumento foi lançada em 8 de dezembro de 1927, por Dom Carlos Duarte Costa.
A cerimônia contou com a presença do então presidente do Estado, o equivalente ao cargo de governador atualmente, Júlio Prestes.
Para a época, como já dissemos, foi necessário que voluntários doassem materiais e que também trabalhassem nas obras, que é inspirada e tem como irmã a Catedral da Sé, em São Paulo, que é pelo Arquiteto e Engenheiro alemão Maximilian Emil Hehl.
As portas do prédio são uma relíquia à parte, uma obra de arte entalhada em madeira e foram doadas pelo industrial da época Camillo Peduti.
Vale lembrar ainda que a antiga imagem de Sant’Ana foi doada pelo ex-prefeito e industrial da cidade Pedro Losi. Já o vitral que ostenta a imagem da padroeira da cidade, foi presente da família Pedutti.
O engenheiro Adolpho Dinucci, doou as telhas e também o trono episcopal. Trono esse que representa um trabalho majestoso de alunos da Escola Industrial e oferecido pelo Clero da Diocese.
O aspecto medieval em estilo gótico sem dúvida fazem dela a principal atração do Centro Histórico de Botucatu, localizado no alto da cidade, entre as Avenidas Santana e Dom Lúcio.
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| Foto Jefferson Farias |
Durante anos foi diante desse monumento que se concentrou as principais festas, feiras e atrações, entre eles as festividades de aniversário da cidade e a Festa de Sant'Ana.
O prédio fica na praça Dom Luiz Maria de Sant'Ana e é recomendada a visitação turística entre os meses de junho e agosto, na época de florada dos Ipês.
O chão rústico de paralelepípedos que circunda o Largo da Catedral é uma curiosidade à parte, pois é tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico).
Os Vitrais da Catedral tem uma certa brasilidade rústica pois foram montados na década de 1970, a pedido do arcebispo de Botucatu dom Vicente Marchetti Zioni.
Foi através desse respeitado arcebispo que foram instalados 12 vitrais na igreja, todos inspirados na obra do pintor Antônio Pain Filho.
O trabalho do artista retrata de maneira bem brasileira Nossa Senhora, e recebem títulos de Madona do Sabiá, Virgem do Maracujá, Madona da Roça, Virgem das Samambais, Virgem da Orquídea, Virgem do Cruzeiro, Madona do Cafezal, entre outros.
O interior da Catedral é uma curiosidade à parte, pois já possuiu outra cor bem diferente, era azul claro com detalhes em rosa. Porém foi no início dos anos 2000, que ela passou a ostentar as cores de hoje.
Em 2015, a cruz posicionada no alto da torre esquerda foi vítima de um temporal e entortou, por essa razão precisou ser retirada e reparada, sendo colocada no mesmo ponto em 2016. O interessante disso é que essa cruz fica a mais de 50 metros do solo, e vendo de longe não parece que ela tem na verdade três metros de altura.No subsolo da Catedral existe uma cripta, chamada de Capela da Ressurreição. É nesse local que estão sepultados bispos e arcebispos de Botucatu, sendo um dos principais pontos de oração e reflexão dos fiéis católicos.
Nesse local estão sepultados o Monsenhor Paschoal Ferrari, que contribuiu para a instalação da Diocese de Botucatu, o primeiro bispo da cidade Dom Lúcio Antunes de Souza, Dom Luiz Maria de Santana, Dom Henrique Goland Trindade, Dom Vicente Marchetti Zioni e Dom Antônio Mucciolo.
Por incrível que pareça o monumento foi inaugurado antecipadamente em 8 de dezembro de 1943, quando na realidade ainda faltavam dois para a conclusão das obras. Já as escadarias é uma construção de 1956.
Já falamos que o piso de paralelepípedos é tombado pelo Condephaat, portanto acho que não é necessário repetir que a Catedral também tem esse privilégio. Ela é um monumento de interesse histórico, não apenas de Botucatu, mas sim de todo Estado de São Paulo.
O fato de ser tombada impede interferências externas sem autorização do Condephaat, na verdade, todos os prédios na área delimitada pelos paralelepípedos é histórica e não pode ser alterada.
A construção do prédio é bastante curiosa pois o engenheiro Cav. J. Sachetti, que assina a construção da Catedral , trabalhou uma peculiaridade, vista de cima a igreja matriz tem o formato de uma cruz.
Vale deixar claro, que nem sempre a Catedral foi tão bem iluminada, em 2011 a administração pública decidiu trocar o sistema de iluminação do Largo da Catedral através do Programa “Ilumina Botucatu”, desenvolvido pela Prefeitura em parceria com a CPFL Paulista.
Através desse programa foram instalados oito postes modelo “veleiro”, com quatro luminárias cada e lâmpadas de vapor metálico de 250 watts.
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Interessante! Mas não foi explicado como foi colocado o Cristo lá em cima.
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