Banda Municipal muda de nome e passa a se chamar “Banda Sinfônica Municipal de Botucatu”

Banda Municipal de Botucatu mudou de nome e agora passa a se chamar “Banda Sinfônica Municipal de Botucatu”, a decisão pela mudança ocorreu na apresentação da Corporação Musical “Damião Pinheiro Machado”, na Sala São Paulo, no último dia 04 de setembro, e marca um novo capítulo na história da Banda Municipal de Botucatu, que já foi apelidada inclusive de "A Furiosa", no passado. A mudança teve inicio em 2019, quando foi acrescentado à banda os instrumentos de percussão sinfônica, como os tímpanos, bumbo sinfônico e teclados xilofone e glockenspiel, possibilitando o aumento do leque de repertório e consequentemente o aumento do número de músicos. “Nossa Banda não perde suas raízes com essa atualização. Vamos continuar tocando nos desfiles, praças e todos lugares que formos solicitados, afinal antes de tudo, a Banda é do povo. Estamos muito felizes com esse novo passo na história da música e da cultura botucatuense”,  afirmou o Maestro Franklin Timóteo Ramos. Atualmente, a Band...

Existe uma cápsula do tempo perdida na Praça do Paratodos que precisa ser encontrada em 2022

Existe uma cápsula do tempo perdida na Praça do Paratodos que precisa ser encontrada em 2022
Foto - Jefferson Farias


Existe na praça Coronel Moura, a popular Praça do Paratodos, uma cápsula do tempo perdida e que deveria ser aberta no próximo ano, em 2022, ou seja 100 anos após a cápsula ter sido enterrada.

Para entender essa história é necessário saber que a Praça do Paratodos nem sempre teve o desenho que apresenta hoje em dia. No passado ela possuía um belo monumento que foi instalado em louvor ao Centenário da Independência do Brasil, em 1922.

Na época da inauguração desse monumento uma cerimônia foi realizada e sobre o obelisco foi enterrada uma cápsula do tempo, com recortes de jornais da época, objetos históricos e outros itens que contam um pouco da história de Botucatu daquela época.
Foto do Livro Achegas para a História de Botucatu


A cápsula deve ser aberta em 2022, quando a Independência do Brasil completará 200 anos.

A existência da cápsula do tempo foi resgatada pelo historiador João Carlos Figueiroa e segundo ele a caixa de metal hermeticamente fechada foi enterrada sob o monumento, porém ao longo desse período a praça passou por reformas e até mesmo a localização do monumento, hoje em dia é incerta.

O que se sabe é que ele estava na esquina próxima ao posto de gasolina, ou seja na ponta direita de quem observa a praça a partir da Rua Amando de Barros. Ou  melhor falando, na esquina com o início da Avenida Floriano Peixoto.

Foto extraída do Facebook - Grupo Botucatu Através de Imagens - fotógrafo desconhecido


É necessário esclarecer que a história da Praça do Paratodos é muito antiga, chegando a se perder no tempo. Portanto, essa série de reformas, reestruturações e obras no local comprometem ainda mais a possibilidade de se encontrar essa cápsula do tempo. 

É claro que existe a possibilidade dessa cápsula já ter sido encontrada, e nesse caso é necessário saber o seu paradeiro, diante da ausência de registro sobre tal fato.

Para entender melhor essa situação precisamos conhecer um pouco melhor a história da Praça do Paratodos, que em sua origem, não tem nada de nobre, pois remonta os tempos da escravidão no Brasil. 

Segundo o livro "Processos-crime - Escravidão e Violência em Botucatu", do jornalista Cesar Mucio Silva, onde hoje está a praça já serviu inclusive, como um mercado de escravos improvisado.

Esse tipo de atividade horrorosa e demente ocorria onde hoje está o teatro de arena, ou melhor a estrutura arquitetônica, diante das escadarias, onde antigamente no início da história de Botucatu, existia apenas um barranco, sem nenhuma estrutura.

Até 1904 ainda prevalecia no local um  barranco que teve seu tamanho ampliado com o nivelamento necessário para a abertura da Rua Riachuelo e Avenida Floriano Peixoto, entre a primeira e segunda década dos anos 1900.

Foto extraída do Facebook - Grupo Botucatu Através de Imagens - fotógrafo desconhecido
Em 20 de julho de 1918, o vereador Antonio Cardoso do Amaral, apresentou projeto denominando o local como Praça Cel. Moura, prestando homenagem ao Coronel Raphael Augusto de Moura Campos, morto no dia 9 de abril do mesmo ano.

Entretanto a área só foi arborizada e ganhou um jardim anos depois em 1930, durante a gestão do prefeito Octacilio Nogueira. 

O apelido, Praça Paratodos foi conquistado juntamente com a inauguração do Cine Paratodos, por volta de 1937, foi então que a área se tornou o principal ponto de encontro da juventude botucatuense.

Teatro Municipal Camillo Fernandez Dinucci Cpasula do tempo da praça do Paratodos a história real da Praça Coronel Moura de Botucatu
Foto - Jefferson Farias


Em 1960, o prefeito Joaquim Amaral Amando de Barros, contratou o arquiteto Nadir Cury Mezerani, profissional reconhecido internacionalmente, para remodelar o local. Foi esse arquiteto que projetou um teatro de Arena na praça do Paratodos.

Aquela estranha formação em cimento na frente da praça e diante de uma escadaria, nada mais é do que parte de uma Concha acústica projetada para que o som atinja melhor as pessoas que estivessem posicionadas na platéia.
Foto extraída do Facebook - Grupo Botucatu Através de Imagens - fotógrafo desconhecido


O teatro de arena foi utilizado por décadas, inclusive durante os anos 80, era comum atividades como shows de Cururu naquele espaço. Para que o som se projetasse de acordo, sem se perder, porém, era necessário que a área diante do palco, um fosso, estivesse preenchido com água.

Entretanto, o fosso se tornou um jardim, na última revitalização da praça, ocorrida em 2020, quando também foram instaladas construções em alvenaria que hoje compõem um lanchódromo.

O teatro de arena deixou de ter a sua função devido à rua Amando de Barros, pois, por melhor que fosse trabalhada a acústica, com o uso de água inclusive, o som seria prejudicado pela passagem de carros e o trânsito intenso do local. 

Portanto podemos concluir que se encontraram essa cápsula no passado é necessário uma devolução e se ela ainda estiver enterrada é fundamental o resgate, em ambos os casos é necessário um certo esforço das autoridades municipais e cabe a pergunta: Será que existe disposição para o resgate desse pouco de nossa história?

Foto extraída do Facebook - Grupo Botucatu Através de Imagens - fotógrafo desconhecido


Gosta da Praça do Coronel Moura, o Paratodos então confira abaixo nosso álbum de fotos

Foto - Jefferson Farias

Foto - Jefferson Farias

Foto - Jefferson Farias

Foto - Jefferson Farias

Foto - Jefferson Farias

Foto - Jefferson Farias

Foto - Jefferson Farias

Foto - Jefferson Farias

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Renato Fernandes Jornalista com ampla experiência, antes de ingressar na redação do Segue Rumo e Cidade de Botucatu passou por importantes meios de comunicação da cidade onde reside (Botucatu), como Diário da Serra (20 anos), folha Serrana, Folha Regional, Revista O Lojista, blog O Grito Notícias, Solutudo. Experiente no jornalismo web e formado em Análise em Mídias Digitais e ampla experiência em SEO atuando ainda na redação, edição, revisão de textos, e produção de conteúdo para o Youtube





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