Banda Municipal muda de nome e passa a se chamar “Banda Sinfônica Municipal de Botucatu”

Banda Municipal de Botucatu mudou de nome e agora passa a se chamar “Banda Sinfônica Municipal de Botucatu”, a decisão pela mudança ocorreu na apresentação da Corporação Musical “Damião Pinheiro Machado”, na Sala São Paulo, no último dia 04 de setembro, e marca um novo capítulo na história da Banda Municipal de Botucatu, que já foi apelidada inclusive de "A Furiosa", no passado. A mudança teve inicio em 2019, quando foi acrescentado à banda os instrumentos de percussão sinfônica, como os tímpanos, bumbo sinfônico e teclados xilofone e glockenspiel, possibilitando o aumento do leque de repertório e consequentemente o aumento do número de músicos. “Nossa Banda não perde suas raízes com essa atualização. Vamos continuar tocando nos desfiles, praças e todos lugares que formos solicitados, afinal antes de tudo, a Banda é do povo. Estamos muito felizes com esse novo passo na história da música e da cultura botucatuense”,  afirmou o Maestro Franklin Timóteo Ramos. Atualmente, a Band...

Igreja de Santo Antônio foi construída por um Português após uma história de amor e fé testemunhada por um Italiano

Igreja de Santo Antônio foi construída por um Português após uma história de amor e fé vivida por um Italiano
Foto Jefferson Farias


Não há o que discutir, a Igreja de Santo Antônio, que fica no morro do distrito de Rubião Júnior, sem dúvida nenhuma é o mirante mais conhecido de Botucatu e ponto de referência para o turismo da cidade.

Ao se posicionar diante da igreja o visitante tem o privilégio de visualizar a Unesp, complexo ferroviário com a antiga estação de passageiros do distrito e ainda uma boa parte da cidade de Botucatu.

O que poucos sabem é que a frente da igreja que atualmente aponta para a Unesp é uma coincidência moderna, Na verdade a ideia era uma visão ampla do complexo ferroviário da Rede Ferroviária Federal.

O motivo dessa homenagem visual é simples, na primeira década de 1900 a Ferrovia transformou Capão Bonito (nome do distrito de Rubião nesse período), um importante polo ferroviário. 

Já o que hoje é a reconhecida Unesp não passava de um hospital para o tratamento da tuberculose.
Foto Jefferson Farias


Um ponto turístico a menos de 5 quilômetros do centro da cidade


Um dos motivos da fama da Igreja é a proximidade com o centro da cidade, menos de 5 quilômetros, além disso o estacionamento e o acesso são gratuito. 

Não tem segredo chegar até o morro, basta seguir pela rodovia Domingos Sartori até a principal avenida de Rubião, a Bento Lopes. Porém, fique atento, a rua que dá acesso não é, assim, tão bem sinalizada.

Entretanto, enquanto guia ou caminha até o topo é possível visualizar em suas margens formações rochosas com silhueta de animais como um macaco e um camelo. Porém, confesso, é necessário um certo exercício criativo e a compania de um bom guia para conseguir decifrar essas imagens.

Essas formações fazem parte das Lendas locais que relatam que a formação rochosa de um camelo, no acesso à igreja simboliza civilizações pré-históricas que remonta uma época em que a região era um grande deserto. Diz o mito que Morro de Rubião Júnior, Morro Cerrito e as Três Pedras, formam um triângulo de energia Telúrica, com Botucatu ao centro.

Apesar do morro permanecer aberto o dia todo para visitação, recomendamos dois momentos para estar presente no morro, o Por do Sol, que é exuberante e durante a noite, quando é possível admirar ao longe luzes de cinco cidades vizinhas. 

Além do visual lendas e história tornam o local, um dos pontos mais ricos em relatos de potencial turístico, podemos dizer de boa cheia, de toda a região do Pólo Cuesta. Afinal de contas, o imaginário popular é criativo e nesse caso bastante rico.
Foto Jefferson Farias

Uma história de Amor e Fé motivou a construção da Igreja de Rubião Júnior


Para ter ideia, a igreja só nasceu devido a uma história de amor e fé, de um imigrante italiano e que acabou mobilizando toda a comunidade italiana da época 

Tudo começou por volta de 1900 quando o italiano Archangelo Frederico, escalava o morro sem falta, todas as noites onde acendia uma lamparina onde hoje fica uma pequena capela, na base da igreja. O motivo desse hábito é muito curioso, ele acreditava que Santo Antônio havia lhe atendido uma graça.

Acontece que sua esposa conseguiu se curar de uma grave doença e essa era a forma dele agradecer ao santo por ter recuperado a saúde de sua esposa.

Porém, em uma noite de 1923 Frederico faleceu, a comunidade ficou comovida e durante seu funeral na casa da família a luz da Lamparina acendeu misteriosamente no topo do morro, diante de todos.
Foto Renato Fernandes


Hoje existe uma pequena capela, com a imagem de Santo Antônio, alguns lances de escada abaixo e em frente à igreja, esse era o ponto exato onde o imigrante italiano escavou um nicho para colocar sua lamparina todas as noites. 

Incentivados por essa história de amor e fé os moradores se reuniram, como uma verdadeira comunidade abriu uma trilha até o topo, era necessário começar uma grande obra. Transportaram material de construção em carroças, no lombo de burros e até mesmo nas próprias costas, dando início assim à construção da igreja de Santo Antônio.

E essa não foi uma tarefa fácil, pois a Igreja de Santo Antônio, está posicionada no ponto mais alto da cidade, a uma altitude média de 930 metros, acima do nível do mar.

Foi necessário dinamitar o topo do morro para a obra

Foto acervo de Maria Anna Moscogliato - autor desconhecido


A população local não contava que para fazer a construção seria necessário dinamitar o topo do morro, para fazer o nivelamento do terreno. 

Além disso a construção da igreja durou algo em torno de oito anos, muito mais do que esperavam os construtores, isso devido à complexidade do terreno e dificuldades tecnológicas inerentes à época.

Apesar da articulação da comunidade italiana a obra é assinada por um construtor o português, trata-se de Manoel Álvaro Guimarães, o curioso é que o mesmo construtor responde pela construção da Catedral Metropolitana de Botucatu e também o Instituto Santa Marcelina.

Guimarães decidiu homenagear seu país de origem e fez a igreja em formato de castelo medieval, imitando a arquitetura do castelo de Guimarães, de Portugal.

Finalizadas as obras a Igreja de Santo Antônio, sua inauguração e entrega para a comunidade ocorreu, no dia de Sant Antônio, em 13 de junho de 1932, com uma grande festa. 

Festa essa que se tornou tradicional sendo realizada até os dias de hoje. Em algumas ocasiões a base do morro chegou a receber 20 mil pessoas.

A igreja não está em cima de um vulcão


Existe um mito, e nesse caso não realmente de um mito, uma verdadeira história para boi dormir, de que a igreja foi construída sobre um vulcão. Na verdade, ela está sobre um Morro Testemunho, uma colina de topo plano situado adiante de uma escarpa de Cuesta.

Apesar de importante igreja não é tombada


Em dezembro de 2014 os vereadores Lelo Pagani, e André Rogério Barbosa solicitaram que a Prefeitura Municipal de Botucatu o tombamento do Morro de Rubião Júnior e a Igreja de Santo Antônio como patrimônio histórico do Estado de São Paulo através do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat), porém apesar dos esforços políticos o tombamento não avançou.

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Renato Fernandes Jornalista com ampla experiência, antes de ingressar na redação do Segue Rumo e Cidade de Botucatu passou por importantes meios de comunicação da cidade onde reside (Botucatu), como Diário da Serra (20 anos), folha Serrana, Folha Regional, Revista O Lojista, blog O Grito Notícias, Solutudo. Experiente no jornalismo web e formado em Análise em Mídias Digitais e ampla experiência em SEO atuando ainda na redação, edição, revisão de textos, e produção de conteúdo para o Youtube



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